Título: Frozen [Mundo de Gelo, Coração de Fogo #1]
Autor(a): Melissa De La Cruz e Michael Johnston
Classificação: 4.0 (Skoob)
Páginas: 308
Editora: Bertrand
Gênero: Young Adult, Fantasia, Distopia

O mundo sofreu um grande colapso e acabou! O planeta Terra como era conhecido não existe mais. Após grandes guerras físicas e tecnológicas, acumulo de lixos e toxinas, destruição da maior parte da camada de ozônio e da natureza, o planeta sofreu com grandes abalos e inundações e entrou numa era do gelo, tudo está congelado e quase não restam esperanças. Não existe mais água pura para alimentar a população sobrevivente, os oceanos estão completamente poluídos com montanhas de lixo das cidades que foram destruídas nas inundações e por isso os continentes e países foram re-divididos. Nova Vegas é uma das poucas cidades existentes nos EUA agora, a antiga Las Vegas foi destruída, e o pouco que restou foi graças ao deserto que a cercava, e o deserto que a cerca agora é coberto de gelo. O governo oprime a população, eles trabalham como escravos para conseguir água e comida o suficiente para não morrer, além disso não podem deixar a cidade que está cercada pelos soldados, principalmente se você for um dos Marcados.
Nat é uma crupiê, ela trabalha distribuindo cartas nas mesas dos cassinos da cidade, lugar onde os que ainda possuem alguma coisa fazem trocas e tentam a sorte de conseguir a nova moeda do mundo: créditos de calor. Tudo que a garota tem é a certeza que precisa juntar algum dinheiro se quiser sair dali, sendo uma Marcada Nat se esconde completamente dos humanos e principalmente do governo. Os Marcados possuem a aparência de um humano normal, mas possuem certos poderes especiais, como controle da mente e telecinesia, entre outros, não se sabe exatamente de onde vieram, mas eles são temidos, e quando descobertos são presos ou mortos. Uma voz ressoa na mente de Nat, que a tem guiado e feito com que ela mantenha a esperança, ela sabe exatamente para onde vai quando conseguir fugir, o Azul, um mundo místico e lendário que poucos conhecem o caminho, mas é onde seu coração a tem guiado e para isso ela vai contar com a ajuda do contrabandista Wes, e eles vão embarcar numa aventura de tirar o fôlego.
Tinha grandes expectativas desde que li a sinopse do livro, entretanto me enganei acreditando que tinha alguma relação com o Frozen da Disney, não espere uma releitura, não tem nenhuma relação mesmo. A dupla de autores investiu num universo distópico que tinha muito para oferecer, mas acredito que tenha se perdido um pouco acrescentando tantos elementos e deixando a história um pouco confusa. Na medida do possível, o livro supriu as expectativas, mas deixou questões abertas que quero muito desvendar ainda.
Nat foi uma protagonista interessante, mas como o livro foi narrado em terceira pessoa, não consegui estabelecer uma relação muito grande com a personagem e achei que a interação dela com os outros foi bastante superficial, até mesmo no romance. Durante a maior parte da história, ela não sabe exatamente de onde veio, e nem como manipular seus poderes, ela perdeu suas memórias da infância e agora se guia pela voz que ressoa em sua mente, dizendo que ela precisa encontrar o Azul. Com as suas inseguranças e sozinha num mundo completamente destruído, consegui entender bem as fraquezas dela, mas senti uma falta de evolução e crescimento ao longo da trama.
Wes foi um personagem encantador desde o começo, com sua atitude e sarcasmo, ele é o tipico playboy previsivelmente heroico do gênero, e o romance que tinha tudo para agradar muito, acabou sendo abordado de forma superficial como eu citei, então deixou bastante a desejar. Alguns outros personagens trouxeram um tom interessante ao livro, mas nada extremamente impactante.
O começo do livro foi muito bom e prendeu, logo que descobrimos esse universo futurista ficamos interessados pelos mistérios que cercam Nat e são aos poucos revelados, mas acredito que os autores se perderam a partir do momento que os personagens iniciam sua jornada em busca do Azul, a leitura ficou muito lenta e até um pouco infantilizada, fiquei aguardando uma grande reviravolta que me empolgasse mas não aconteceu, apesar de alguns percalços no caminho o livro se manteve linearmente monótono, o que me fez perder o ânimo do começo.
A parte onde desvendamos os mistérios da fantasia ficou carregada e sem sentido, acredito que na tentativa de fazerem relação com os livros de O Senhor dos Anéis, eles falharam muito e recriaram de uma forma malfeita. Gostei mais da parte distópica, e se tivessem investido mais nisso e nos conceitos políticos a trama teria muito a ganhar. O final foi diferente mas previsível, as decisões dos personagens me agradaram, e várias questões já ficaram em aberto deixando gancho para os próximos livros que eu espero mesmo que sejam explicadas.
Em suma, o livro tem seus altos e baixos, mas recomendo para quem gosta dos gêneros, mas procura uma história bem leve, que espero muito que cresça nos próximos volumes.
Sobre a Série:
A Trilogia está sendo publicada pela Bertrand, selo do Grupo Editorial Record, e o último livro foi lançado lá fora em 2016. Ainda não temos previsão de lançamento por aqui, confira as capas internacionais.



OI, Carla! Tudo bem?
ResponderExcluirInteressante sua resenha...
Pode ser que eu leia, mas como o livro não fluiu tão bem contigo, é provável que não consiga sentir algo diferente... Mas quem sabe... ;)
PS: As capas originais são TOPS! Uau!
Beijos,
Danny
www.irmaoslivreiros.com
Oi, Carla!
ResponderExcluirEu achei que o livro era algo totalmente distópico e não fazia ideia que tinha uma mistura de fantasia também.
Achei interessante. Uma pena que tenha esses altos e baixos ao longo da leitura, mas às vezes a continuação melhora e faz valer a pena, né?
Ficarei de olho no livro para o futuro. ;)
Bjs
http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br
Oi, Carla! Desanimei completamente da leitura com a sua resenha! Também achava que seria de alguma forma relacionado com o Frozen da Disney, e não tenho muita paciência para narrativas lentas... Acho que eu passo!
ResponderExcluirGislaine | Paraíso da Leitura
Oi, Carla!
ResponderExcluirPela capa e sinopse acabei criando muita expectativa para o livro, mas conforme você foi explicando fui me desinteressando... Além do fato de ser contado em terceira pessoa que tbm não é da minha preferencia. Mas, talvez eu de uma chance ao livro para tirar minhas próprias conclusões...
Adorei seu blog e resenha, beijos!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi Carla!
ResponderExcluirDistopia é o meu gênero favorito. E por isso, quando ouço falar de algum livro do gênero, eu fico esperando uma história fod**tica, mas não foi isso que eu senti nesse livro.
Não sei se é eu que to meio chata ou exigente ultimamente hahaha Mas pra mim nada me conquistou. A premissa eu achei meio fraquinha e quando você falou que é em terceira pessoa... PUFF!
Claro que para saber e tirar as próprias conclusões é preciso ler antes. Mas não sinto aqueeeela vontade.
Beijos